sexta-feira, 22 de maio de 2015

ENRIQUECIMENTO AMBIENTAL: UMA NOVA REALIDADE PARA ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO

      Não podemos falar em enriquecimento ambiental sem tocar em bem-estar animal , e falando sobre BEA ligamos imediatamente à estresse , ou seja , aspectos fisiológicos, comportamentais e emocionais .  Bastante difundido na década de 80, o enriquecimento ambiental começou a ser utilizado principalmente em zoológicos para melhorar a qualidade de vida dos animais em cativeiro. Buscava-se  aproximar o ambiente do cativeiro daquele que o animal teria em condições naturais no seu habitat. Com isso, a conservação da espécie teria mais garantias uma vez que se criavam condições semelhantes àquelas que possibilitavam a sobrevivência e a reprodução dos animais, melhorando consequentemente sua qualidade de vida.
      Utilizado também para animais de produção, além dos animais silvestres, o termo passou também a fazer parte da vida dos animais de estimação. Ações de enriquecimento ambiental começaram a serem utilizadas para cães e gatos, uma vez que com a urbanização esses animais tornaram-se companhias constantes de pessoas que vivem em apartamentos. A questão é como tornar esses locais próprios para que os animais de estimação possam expressar o comportamento natural de sua espécie.  Cada vez mais nos deparamos com tutores que dizem que seus animais destroem móveis e objetos quando na verdade o que pode estar acontecendo é que os animais não estão tendo estímulos corretos e acabam se entediando.  Um manejo adequado e a colocação de alguns itens no ambiente pode trazer uma mudança significativa na vida do cão ou gato, que podem expressar seu comportamento tendo suas necessidades atendidas. Quem decide ter um cão deve saber que eles precisam se exercitar para gastar energia e que são animais sociáveis, não gostam de estar sozinhos.  Cães que passam muito tempo sozinhos, sem gastar energia,  podem apresentar problemas como estereotipias( movimentos repetitivos como correr atrás de sua própria cola) , excesso de latidos , destruição do ambiente.  Já o gato não se importa de ficar sozinho várias horas, mas pela sua anatomia tem a necessidade se arranhar para afiar suas unhas e limpá-las, ao mesmo tempo que necessita alongar seus músculos e gosta de desafios como se estivesse caçando, semelhante aos grandes felinos.

      Sentindo essa necessidade na própria pele, um grupo de amigos que tinham como animais de estimação os gatos  Angus e Ozzy resolveram fazer um projeto para os animais que sofriam com a falta de espaço e não podiam expressar seu comportamento normal . Alex Barcelos (projetista), Aline Klein (Designer de produto) e Douglas Alves (Designer de produto) fizeram um projeto especial para seus felinos e assim nasceu SE ESSA CASA FOSSE MINHA (SECFM- facebook.com/secfm). Além dos felinos serem atendidos nos projetos, o trio já está desenvolvendo uma linha de  produtos para cães, seguindo com a proposta  de satisfazer o bichinho de estimação e o tutor quando o assunto for DESIGN DE INTERIORES. O protagonista , segundo eles são os pets, mas não deixam de lado o dono dos animaizinhos.
Alex Barcelos, Aline Klein, Douglas Alves 

Alguns indicativos que seu pet está entediado e necessita de estímulo para expressar seu comportamento natural:

Cães: destruir objetos, excesso de latidos e uivos, roer móveis e batentes de portas, depressão,   andar de um lado para outro, correr atrás do rabo, correr em círculos, urinar e defecar em locais diferentes do habitual.
Gatos:  ficar escondido muito tempo dentro de sua casinha e atacar pessoas ou animais que passam na frente, não ter interesse em brincar, miar mais do que o normal, seguir o dono por todo o lugar, arranhar em excesso os móveis, urinar e defecar fora de sua caixinha marcando território.


Um médico veterinário poderá avaliar a situação.  Caso seu pet apresente esses sinais quem sabe não é a hora de entrar com medidas que atendam as necessidades comportamentais, afinal, PETS FELIZES, TUTORES TAMBÉM FELIZES!