terça-feira, 14 de julho de 2015

COMO PERSUADIR UMA OVELHA A ADOTAR UM CORDEIRO ÓRFÃO

          O comportamento das ovelhas após a parição é um diferencial para a criação do cordeiro. Um dos maiores problemas em partos duplos ou triplos é a rejeição de um dos cordeiros pela mãe. Algumas ovelhas permanecem com o rebanho durante o parto e outras podem buscar o isolamento. O relacionamento da mãe e do filho logo após o nascimento é crucial para o bom desenvolvimento do cordeiro. Poucos segundos após o parto a ovelha já começa a lamber vigorosamente o cordeiro e este deve encontrar os tetos dentro de uma a duas horas após o nascimento; pistas visuais são importantes nesse momento para a localização dos tetos. Cordeiros estranhos podem ser aceitos imediatamente após o nascimento e ovelhas que perderam crias podem adotar recém-nascidos. Porém, agregar cordeiros de outras mães é um manejo  limitado pela inabilidade de reconhecimento do odor entre a mãe e os filhos.
         Cordeiros reconhecem suas mães pelas vocalizações próprias enquanto que as mães reconhecem seus cordeiros pelo cheiro , pela visão e pela vocalização. Segundo pesquisadores, o olfato é o principal fator de reconhecimento para que as mães permitam que os cordeiros mamem.  Esses sinais podem ter formas diferenciadas e graus de importância dependendo da raça, do tamanho dos rebanhos e do ambiente.  
        O número de cordeiros paridos está relacionado com a capacidade de reconhecimento por parte da mãe de seus filhos, ou seja, em partos triplos, o ultimo cordeiro tem mais dificuldade de ser aceito pela mãe, assim como o segundo terá menos dificuldade perante o terceiro e mais dificuldade frente ao primeiro cordeiro nascido. 
              A proximidade da mãe com o cordeiro é muito importante nos primeiros dias de vida do recém-nascido. No dia do nascimento a mãe fica a um metro do cordeiro; o fornecimento de água, comida e abrigo é muito importante. A distância de alguns metros somente ocorre quando o cordeiro tem de dois à três dias de idade. A amamentação é o maior vínculo que se estabelece entre mãe e  filhos e é o ponto principal para ter cordeiros fortes.
        A adoção de um cordeiro órfão ou do terceiro cordeiro de parto triplo é um trabalho difícil, que requer uma dedicação do criador e que nem sempre dá resultados.

- Utilização de colar elisabetano.

Esses colares são utilizados para o pós-cirúrgico de cães. O número indicado para ovinos é o número 30, dependendo do tamanho da ovelha pode ser maior ou menor.  Essa técnica impossibilita o contato visual e olfativo da mãe com o cordeiro adotado. Recomenda-se a utilização por no máximo três dias. Se nesse tempo não tiver êxito a aproximação, dificilmente ela ocorrerá.


- Utilização de cão de pastoreio.

Colocar o cão no box com a ovelha e o cordeiro órfão por aproximadamente  3 a 4 minutos, repetindo duas vezes ao dia. O instinto materno será estimulado pela mãe na proteção do filho, ao mesmo tempo em que o cordeiro irá chegar próximo da mãe com o sentido de abrigar-se . Esse manejo poderá ser realizado por três dias no máximo.  Se nesse tempo não tiver êxito a aproximação, dificilmente ela ocorrerá.

(selecionamos sugestões coletadas em livros sobre o assunto)