O comportamento das ovelhas
após a parição é um diferencial para a criação do cordeiro. Um dos maiores
problemas em partos duplos ou triplos é a rejeição de um dos cordeiros pela
mãe. Algumas ovelhas permanecem com o rebanho durante o parto e outras podem
buscar o isolamento. O relacionamento da mãe e do filho logo após o nascimento
é crucial para o bom desenvolvimento do cordeiro. Poucos segundos após o parto a ovelha já
começa a lamber vigorosamente o cordeiro e este deve encontrar os tetos dentro
de uma a duas horas após o nascimento; pistas visuais são importantes nesse
momento para a localização dos tetos. Cordeiros estranhos podem ser aceitos
imediatamente após o nascimento e ovelhas que perderam crias podem adotar
recém-nascidos. Porém, agregar cordeiros de
outras mães é um manejo limitado pela
inabilidade de reconhecimento do odor entre a mãe e os filhos.
Cordeiros reconhecem suas mães pelas vocalizações
próprias enquanto que as mães reconhecem seus cordeiros pelo cheiro , pela
visão e pela vocalização. Segundo pesquisadores, o olfato é o principal fator
de reconhecimento para que as mães permitam que os cordeiros mamem. Esses sinais podem ter formas diferenciadas e
graus de importância dependendo da raça, do tamanho dos rebanhos e do ambiente.
O número de cordeiros paridos está
relacionado com a capacidade de reconhecimento por parte da mãe de seus filhos,
ou seja, em partos triplos, o ultimo cordeiro tem mais dificuldade de ser
aceito pela mãe, assim como o segundo terá menos dificuldade perante o terceiro
e mais dificuldade frente ao primeiro cordeiro nascido.
A proximidade da mãe com o cordeiro é muito
importante nos primeiros dias de vida do recém-nascido. No dia do nascimento a
mãe fica a um metro do cordeiro; o fornecimento de água, comida e abrigo é
muito importante. A distância de alguns metros somente ocorre quando o cordeiro
tem de dois à três dias de idade. A amamentação é o maior vínculo que se estabelece
entre mãe e filhos e é o ponto principal
para ter cordeiros fortes.
A adoção de um cordeiro órfão
ou do terceiro cordeiro de parto triplo é um trabalho difícil, que requer uma
dedicação do criador e que nem sempre dá resultados.
- Utilização de colar elisabetano.
Esses colares são utilizados para o pós-cirúrgico de cães. O número indicado
para ovinos é o número 30, dependendo do tamanho da ovelha pode ser maior ou
menor. Essa técnica impossibilita o
contato visual e olfativo da mãe com o cordeiro adotado. Recomenda-se a utilização
por no máximo três dias. Se nesse tempo não tiver êxito a aproximação, dificilmente
ela ocorrerá.
- Utilização de cão de
pastoreio.
Colocar o cão no box com a ovelha e o cordeiro órfão por
aproximadamente 3 a 4 minutos, repetindo
duas vezes ao dia. O instinto materno será estimulado pela mãe na proteção do
filho, ao mesmo tempo em que o cordeiro irá chegar próximo da mãe com o sentido
de abrigar-se . Esse manejo poderá ser realizado por três dias no máximo. Se nesse tempo não tiver êxito a aproximação,
dificilmente ela ocorrerá.
(selecionamos sugestões coletadas
em livros sobre o assunto)